quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

É preciso acalmar as águas













Consegue imaginar como era esta terra 500 anos atrás? O mar verde de florestas, campos e savanas que se perdiam aos olhos nus? Toda superfície era coberta por densa camada vegetal, que se espelhava em raízes dentro do solo. Quanta água fazia parte destes seres todos? quanta água constituíam estes corpos? Todo essa imensa massa verde também produzia e sustentava um microclima com alta umidade relativa, retendo assim, outra quantidade enorme de águas na superfície da terra. Ou em outras palavras: quanta água existia no ecossistema? para além dos corpos d'água, dos rios, riachos, reservas subterrâneas, estavam nos indivíduos, na atmosfera florestal e seu microclima, nos solos profundos com suas raízes.


E quando chovia? Mesmo a mais violenta das chuvas tinha suas gotas amparadas e depositadas suavemente na superfície do solo, por batalhões e batalhões de árvores e suas folhas. O solo ainda coberto por folhas e galhos secos formava uma camada protetora que suavizava ainda mais a queda da gota no chão. No solo, ocupado densamente por uma infinidade de raízes, das mais variadas formas, tipos e profundidades, as águas podiam então caminhar lentamente por entre raízes e poros do solo, e assim alimentar o lençol freático, produzindo olhos e olhos d'água, fazendo nascer rios de águas límpidas e cristalinas. Assim, quanta água cabia e caminhava lentamente pelo solo e ocupava os lençóis e nascentes?





Com o desmatamento e avanço das monoculturas perderam-se a floresta e o colchão verde que acolhia as gotas da chuva, assim, as águas atingem o solo com violência, que sem a enorme diversidade de raízes, perde a sus estrutura e assim  não consegue levar a água para as camadas mais profundas, os olhos d'água minguam e as águas correm velozes pela superfície, enchendo rios, erodindo o solo, espalhando barro. 

Com o avanço da degradação dos ecossistemas florestais, diminuem-se as possibilidades da água se agregar aos ciclos vitais, os ciclos biogeoquímicos. Já são menores as quantidades de agua presentes nos seres vivos e no solo. Fora dos ecossistemas locais, então a quantidade de água que circula fica maior, pois já não fazem parte dos seres, do mar verde de árvores, e nem fica retida na umidade relativa, no microclima que a floresta faz, já não caminha pelo solo, adentrando em profundidade e as nascentes diminuem sua vazão. Assim, o volume de água que circula  entre chuva e evaporação aumenta e ganha velocidade, e em suas grandes quantidades provocam estragos por onde passam, carregando dor e sofrimento.

Por isso é urgente reflorestar!!! Recrias os mares de florestas e florestas de alimentos, mudar o paradigma de produção e de se relacionar com a terra. Criar condições para que a água se envolva em seus ciclos naturais de modo lento, seja penetrando no solo ou pela evapotranspiração das florestas, diminuindo assim sua velocidade. Assim, é preciso acalmar as águas, fazer viver seu ciclos mais naturalmente dentro da fisiologia dos ecossistemas. É preciso acolher as gotas de chuvas, com suas folhas curadoras e raízes fortes.

E com nosso re-encanto pela natureza, possamos nos integrar e construir os caminhos para que as águas possam fluir gentilmente por entre a terra, que ofertemos folhas e folhas, que as raízes sejam fortes e profundas, que os frutos e as flores sejam abundantes. Acalmar as águas também significa serenidade aos seres, é limpar da água todo sentimento carregado do sofrimento, da dor e de ressentimentos. É fazer com que as águas possam fluir amorosamente, animando toda vida presente nos seres e no solo.



quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Agrofloresta é o mutirão da natureza





Agroflorestar agroecologicamente é estar em mutirão até mesmo quando se é o único ser humano presente. Árvores, pássaros, minhocas, fungos, abelhas, lagartas, formigas são sempre os parceiros nesta jornada. O trabalho é trazer de volta as velhas guardiãs das florestas, as árvores anciãs que infinitas vidas alimentam em sua existência, para ocupar seu lugar na terra das florestas ancestrais, um verdadeiro mutirão pela vida. A prática da agrofloresta é um processo intenso de reconexão com a natureza e seus ciclos, a fim de reverberar na frequência da natureza. E mesmo quando somos o único ser humano naquele agroecossistema é um auspicioso servir em mutirão com todos os seres que trabalham para o funcionamento da floresta, dos amigos microscópicos, que transformam os restos orgânicos em terra nova, aos felizes e alados amigos que cantam, semeiam e polinizam.

Existem muitos trabalhos sendo realizados a todo instante numa agrofloresta, numa verdadeira sinfonia de diversos seres, cada qual com seus dons e sabedorias, na agrofloresta agroecológica você nunca fica só. As próprias árvores trabalham para trazer nutrientes à superfície do solo, suas profundas raízes buscam nutrientes e os colocam no chão da floresta quando as árvores derrubam suas folhas, ou mesmo, com o manejo agroflorestal, pela realização da poda. As árvores também cooperam com as amigas aves, que atraídas pelas flores ou frutos, dispersam sementes e pólens por onde voam, nos ajudando a reflorestar outros cantos. Os pássaros ainda comem larvas e insetos que poderiam causar prejuízos às árvores, assim nunca se esqueça de deixar uns frutos para estes companheiros de mutirão.




Os amigos fungos são em grande parte responsáveis pela decomposição do material orgânico e formação de solo, pela liberação dos nutrientes presentes em restos de folhas e galhos, nutriente aquele que a árvore foi buscar lá no solo profundo. Algumas bactérias de solo são capazes de formar parcerias com as raízes de algumas plantas e fixar nitrogênio atmosférico para que a planta possa utilizá-lo. As secreções das bactérias são também importantes aglutinadores de solo, são responsáveis pela formação de grumos, pequenas bolinhas de solo. Todos este processo, de formação de solo orgânico, de formação de grumos, aliados a uma outra enorme quantidade de seres, como minhocas, centopéias, besouros são fundamentais para que se mantenha a estrutura do solo funcional, isto é, permitindo a circulação de ar e águas, realimentando lençóis freáticos e reservatórios subterrâneos. Mas para alimentar esta multidão de seres é necessário que se faça constantemente a cobertura do solo com restos vegetais, de podas e capinas. Quanto mais material orgânico cobrindo o solo, mais diversidade de vida teremos trabalhando. Os solos ricos em matéria orgânica proporcionam a existência de fungos que são também eficazes na absorção de nutrientes pelas raízes das árvores, mas mais do que isso, são capazes de estabelecer conexões metabólicas entre as raízes de árvores distintas.

Nada está isolado, nem só.





Clovis Oliveira - Jardinoterapeuta

@floraacao



terça-feira, 9 de julho de 2019

ABACATE muito mais que energia





O abacateiro, Persea americana, é uma fruta nativa da região do México, América Central e norte da América do Sul, porém se alastrou em grande parte do continente americano, sendo reconhecida como naturalizada em muitos lugares. Normalmente são árvores de grande porte que frutificam abundantemente, e por isso fornecem alimentos para uma gama enorme de pássaros e mamíferos, que acabam por dispersar suas sementes, inclusive em matas naturais. A sua difusão pelo continente americano é considerada pré-colombiana, mas os portugueses foram os responsáveis por chegarem até a África.

Para os Índios da América Central, o abacateiro era considerado como uma árvore sagrada, trazendo força, vitalidade e ainda curava diversas doenças.


Valor nutricional

O abacate é uma excelente opção alimentícia, não somente por seu valor energético, mas também por seu valor nutricional, além de ser bastante acessível economicamente falando. Um abacateiro é uma abundante fonte de alimento.

O fruto é rico em gorduras, tendo entre 10 e 20%, dependendo da variedade. Embora o alto teor de gordura, entre gorduras saturadas e insaturadas, apresenta valores mínimos de colesterol. Este fruto apresenta ainda alto valor proteico e de sais minerais.


Uso culinário

Bastante versátil, o abacate pode ser consumido em pratos salgados ou doces, ou mesmo in natura. 
O azeite de abacate vem ganhando espaço a cada dia no mercado, não somente pelo uso culinário, mas também por ser matéria-prima de sabão e cosméticos.


Guacamole - uma iguaria da cozinha mexicana. Basicamente pode-se preparar apenas acrescentando limão e sal, mas, de acordo com os gostos pessoais, pode-se adicionar cebola, salsinha, alho poró, alho crú bem picado, pimenta do reino, e querendo algo mais picante, pimentas.


Medicina popular

Ácido úrico -  o consumo constante e prolongado desta fruta auxilia no controle do ácido úrico

Afrodisíaco - da antiguidade resgata-se o poder afrodisíaco do abacate, o macerado de seu caroço preparado com bebidas de baixo teor alcoólico libera sua força libidogênica.

Bronquite - chá das folhas do abacateiro são utilizados contra tosse, rouquidão e bronquite.

Cabelos - o azeite de abacate utilizado em massagem no couro cabeludo é eficaz no combate a caspa e queda de cabelo, a polpa da fruta é utilizada tradicionalmente por povos indígenas na hidratação de cabelos.

Cálculos - a monodieta de abacate por dois ou três dias auxilia nos processos de cálculos na vesícula biliar.

Diurético - o chá de suas folhas apresenta efeitos diuréticos.

Diarreia e disenteria - o caroço torrado e moído é útil no tratamento de diarreias e disenteria.

Digestão - o chá das folhas e brotos do abacateiro auxiliam a digestão

Dor - o azeite de abacate é referido no combate a dor reumática e dor da gota, utilizado na forma de massagens locais.

Dor de cabeça - compressa quente preparada com folhas de abacateiros aplicadas localmente aliviam dores de cabeça e enxaquecas.

Eczema - decocção do caroço do abacate é utilizado no tratamento de eczemas.

Flatulência - o chá das folhas e brotos do abacateiro diminuem a flatulência.

Menstruação - o chá das folhas e brotos do abacateiro regulam a menstruação.

Verminose - a casca moída da fruta é relatada no combate aos vermes intestinais.

Pele - a pele é beneficiada e hidratada com aplicação de azeite de abacate na forma de massagem corporal.

Reumatismo - chá das folhas e brotos tem ação anti-reumática; além do consumo prolongado da fruta ajuda a combater o reumatismo e a produção de ácido úrico.

Úlceras - a monodieta desta fruta é auxiliar no tratamento de úlceras gástricas.

Vesícula biliar - o chá das folhas e brotos do abacateiro são estimulantes para vesícula biliar.


Fontes:

Ferrão, J.E.M. A aventura das plantas e os descobrimentos portugueses. 1993.

Gonçalves, P.E. Alimentos que curam: alimentos-medicamentos. 1996.

Pio Correa, M. Dicionário das plantas úteis no Brasil. vol I. 1926.

Rotman, F. A cura popular pela comida: a transformação dos alimentos em remédios. 1984.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Maçã - a fruta da limpeza







Fruteira cultivada há milenios é grande aliada na resolução de problemas digestórios. A composição básica da maçã é pectinas e celulose, além de outros açúcares, vitaminas, e sais minerais. A pectina presente na maçã é ótimo agente geleificador e pode ser adicionado no preparo de geleias em geral. Mesmo após cozida a pectina mantém suas propriedade anti-diarreicas.

O vinagre de maçã é ótimo também na limpeza de mucosas, membranas e garganta.

Usos terapêuticos

anemias - comer maçã com casca auxilia na manutenção do ferro em nosso corpo

antiácidos -

apetite, estimulante -

arteroesclerose - consumo constante ajuda nos tratamentos de arteroesclerose

boca - a ingestão do vinagre de maçã é útil no tratamento das doenças dos dentes e gengivas

cálculos renais - a bebida sidra, feita de maçã é muito eficaz no trato com os cálculos renais

cistite - um copo diário de suco de maçã, combate a cistite

colesterol - para baixar o colesterol tomar suco de maçã (sem casca) ao final da tarde

corrimento - fazer um banho de assento com cascas da árvore

depurativo -

diarreia - - ferva a casca de três maçãs em meio litro de água, beba durante o dia; - cozinhe três maçãs com casca e meio limão em um litro de água, adicione uma colher de mel e passe em uma peneira, ou bata em liquidificador. tome uma colher após as refeições.

digestivo - por conter pectina age protegendo a mucosa do aparelho digestivo. o tanino contido na casca confere ações antipútridas e funciona com desodorante intestinal

diurético -

estomacais - em casos de gastrite e úlceras duodenais, ingerir de 3 a 5 maçãs por dia, durante 3 a 7 dias, conforme o caso, após o terceiro dia pode-se aumentar o número de maçãs

febre - suco de maçã

fígado - em casos de hepatite ferver uma maçã (cortada com casca) em meio litro de água, adicionar uma colher de mel e tomar pela manhã, em jejum

garganta - A maçã também ótima para aquelas pessoas que trabalham com a voz, sendo excelente limpador de garganta, aliviando a rouquidão. O vinagre de maçã pode ser utilizado em gargarejos na limpeza da garganta.

gota - a fruta como a bebida cidra auxilia no tratamento da gota, amenizando suas dores

insônia -

laxativos - a fruta é conhecida por prender o intestino, mas sua casca é laxativa

reumatismo e artrites - No caso de dores reumáticas é possível ainda preparar um unguento com geleia da fruta e aplicar no local, além do consumo da fruta

tônico cerebral - melhora a disposição intelectual



sábado, 8 de dezembro de 2018

Jardinagem Terapêutica





Quando estamos em contato com a natureza, junto a árvores e outros seres nossos campos energéticos se misturam e podemos assim, trocar energias,e desta forma  nos renovamos e nos sentimos energizados. Podemos entender que as árvores, e todos os outros seres, animais ou vegetais, e mesmo os minerais são transformadores e condutores de diversas energias que possibilitam a vida no planeta. E ainda segundo lendas, religiões e antigas tradições, as matas e florestas são habitadas por seres sutis como silfos, elfos, orixás, deuses e deusas da mitologia indígena entre tantos outros. Nessas tradições sempre foi muito comum o aconselhamento com o sol, a lua, o vento e até mesmo as pedras no reino mineral.



Uma floresta, um cerrado ou qualquer comunidade de plantas de espécies diversificadas são capazes de estabelecer uma fina comunicação entre si, e não somente entre si, mas também com toda sorte de organismo que possa co-habitar um mesmo ambiente, entre eles, insetos, bactérias, fungos e animais. Esta comunicação, realizada pela liberação de moléculas bioquímicas, permite a interação entre todos os seres de um determinado local. É o que faz com que plantas sejam companheiras de umas e causem um efeito inibitório no crescimento de outras, por meio de liberação de molécula que podem promover ou inibir o crescimento de outras plantas, é o que chamamos de alelopatia, e que nos ajuda muito quando vamos planejar nossa horta ou jardim, ou seja, quais plantas são boas vizinhas e quais não são. Estas moléculas bioquímicas também afetam, atraindo ou repelindo, determinadas espécies de insetos ou outros seres, quer seja para repelir uma que está se alimentando de suas folhas, ou para atrair outras que lhe auxiliem a polinização e dispersão de suas sementes. É uma sinalização fina que constrói a harmonia entre todos os moradores de um ecossistema. Permite um equilíbrio dinâmico que traz a fortaleza e resiliência na continuidade da vida.

Assim como as plantas estabelecem uma comunicação com os outros viventes que compartilham seu tempo e espaço, elas podem influenciar a vibração de nosso campo de energia, nossa aura. Bem, quem nunca sentiu aquela sensação de leveza após uma trilha no mato? mesmo com o cansaço físico?somente mesmo aqueles que se dão ao medo ou outras fobias é que tem dificuldades em perceber esta sutileza da natureza, onde realmente se expressa a magia da vida. Embora isto seja mesmo óbvio e natural para muitos, a separação do humano da natureza, afastou muitas pessoas de receber esta dádiva que nos é presenteada. No contato com as plantas já é bastante reconhecido seu poder na harmonização do ser, aumento da imunidade e redução do stress, sendo que até mesmo a ciência moderna já comprovou a redução dos níveis de cortisol, o hormônio do stress, após o contato com plantas, e divulgado em um dos mais renomados jornais de circulação pública do mundo ocidental, o New York Times, em matéria de O´Connor (2010).

A manutenção de um elevado estado vibratório de nossa energia vital é uma das melhores estratégias para uma pessoa saudável, sendo também a debilidade de nossa energia a porta de entrada de doenças e outros males. A energia das plantas é utilizada desde sempre pelos povo ancestrais, quer em seus efeitos como ervas medicinais, como o milenar Herbanário Chinês, no axé das plantas e orixás que nos encanta a umbanda, nos Florais das mais diversas escolas e na energia dos óleos essenciais, terapia que tem apresentado grande prosperidade nos dias de hoje.




Nos dias de hoje, a sociedade se apresenta apartada da natureza em decorrência de uma ruptura ocorrida entre o ser humano e os reinos vegetal, animal e mineral. Quando o mundo ocidental alimentou o individualismo pela meritocracia, não se consegue mais ouvir os deuses e deusas interiores, o restante da natureza também não é mais reconhecido, pois agora existe um fosso profundo entre o indivíduo e a alma coletiva, que em outros tempos ligava todas as criaturas entre si. Esse fosso profundo separa cada vez mais a consciência do eu e a consciência coletiva, desperta no ser humano a crença de que ele é diferente de tudo e só conseguirá vencer a luta pela existência quando submeter ao seu domínio tudo que está ao seu redor.
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Não é possível uma volta ao passado perante estas condições, pois a evolução é uma forma espiral ascendente. Mas é possível nos envolvermos novamente com o processo de cura, na totalidade da criação, num grau mais elevado de consciência. Na reconexão com as forças e energia da natureza nos fortalecemos e nos equilibramos, abrindo caminhos para cura das mazelas da humanidade atual.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

As ervas medicinais e os chacras






Primeiro Chacra ou Centro Basal (TERRA)


O centro basal sedia-se na base da coluna e é também conhecido como centro de cura. Nesse nível, as energias que se manifestam no sistema humano atingem as mais baixas frequências vibracionais. O elemento do chacra basal é Terra, com a qualidade da solidez, nos trazendo também a qualidade da resistência. A vibração do elemento terra nos dá a sensação de se ter os pés firmes na terra.
Vibração na cor vermelha. Glândulas supra-renais.
Em desequilíbrio causa desestruturação da vida com sintomas como indisposição, desanimo, falta de vitalidade.
Plantas relacionadas ao primeiro chacra:
Catinga-de-mulata - aumenta a capacidade de reagir diante de problemas.
Juá - traz calma e sensação de paz.
Picão-preto - desenvolve humildade e simplicidade na construção da serenidade.
Pariparoba - ajuda a desapegar da raiva, desenvolvendo posturas éticas e íntegras
Orégano - auxilia no desenvolvimento da auto-responsabilidade.



Segundo Chacra ou Centro Sacro (ÁGUA)


O Centro Chacra fica na coluna vertebral ao nível do sacro, também referido como chacra sexual. Nesse nível temos a sensação de fluidez em nós mesmos. Neste chacra a ideia de maturidade e suavidade pode ser mais compreensível para definir sua qualidade aquosa. Uma insuficiência do sistema fluido levará à uma aridez, da qual poderá surgir doenças secantes ou endurecedoras, como a artrite.
Vibração na cor laranja. Glândula gônadas.
Em desequilíbrio provoca dificuldades nos relacionamentos e doenças relacionadas aos órgão reprodutores, como dificuldade de ereção e falta de orgasmo, e descontrole do ciclo menstrual.
Plantas relacionadas ao segundo Chacra
Anis-estrelado - promove o desenvolvimento da tolerância
Artemísia - erva das mulheres e auxilia em todos os problemas relacionados aos ciclos femininos.
Quebra-pedra - ajuda no controle das emoções.
Laranjeira - Traz leveza para a alma, potencializando o ato de amar e ser amado.
Gengibre - Tem o poder de trazer alegria e amorosidade.


Terceiro Chacra ou Centro Solar (FOGO)


O Centro Solar localiza-se na espinha ao nível do plexo solar. Nesse nível temos a qualidade da expansividade, calor e jovialidade. Esse chacra é a casa do elemento fogo em nossa natureza. A força do elemento fogo em nosso corpo governará a nitidez daquilo que vemos, em nosso estado de espírito, tudo parecerá mais brilhante e mais colorido, a vida mais intensa e quente.
Vibração na cor amarela. Glândulas pâncreas.
Em desequilíbrio é capaz de trazer raiva, medo, insegurança, mágoa, remorso, ansiedade. São somatizadas no corpo pela deficiência digestiva, oscilações de humor, depressão, desequilíbrio emocional.
Plantas relacionadas ao Terceiro Chakra
Espinheira-santa - auxilia no equilíbrio dos humores e emoções.
Erva-doce - traz coragem e otimismo.
Cavalinha - Ajuda a lidar com a raiva, ciume e remorso.
Arruda - desapego dos desejos não realizados.
Marcela - traz a energia do perdoar, que possibilita seguir em frente sem mágoas ou raiva.
Valeriana - estimula o bom humor e auxilia no tratamento do vitimismo.
Manjerona - auxilia a lidar com a diversidade de pensamentos.
Camomila - acalma a mente e ajuda a dissolver a raiva, ódio e mágoas e a construir o perdão.





Quarto Chacra ou Centro Cardíaco (AR)


O centro cardíaco localiza-se na coluna vertebral à altura do externo. Ao nível do coração sentimos as qualidades da vivacidade, mobilidade, gentileza e leveza. Estas qualidades se referem ao elemento ar. Em harmonia nos traz amor, compaixão, tolerância e confiança. Rege o coração, o sangue e o timo (imunológico).
Em desequilíbrio geram sentimentos reprimidos, tristeza, falta de compreensão e sensibilidade, excesso de apego, que se materializam no corpo em infartos, angina, taquicardia, baixa imunidade e excessiva emotividade.
Vibração na cor verde. Glândula Timo.
Plantas relacionadas ao quarto chacra:
Poejo - auxilia nos processos de auto-análise e desenvolve humildade.
Erva-baleeira - traz equilíbrio entre razão e emoção.
Mulungu - afasta a preguiça e o desânimo e promove entusiamos fortalecendo as atitudes.
Melissa - traz doçura e fé para resolução de situações difíceis.
Cominho - limpa o coração de tristezas.
Guaco - trabalha a ancestralidade e sabedoria interior.
Carqueja - auxilia a eliminar o sentimento de solidão.

Quinto Chacra ou Centro da Garganta (ÉTER)


O centro da garganta situa-se na espinha à altura da garganta. Nesse nível experimenta-se a qualidade do puro espaço. O éter ou quintessência, como era designado pelos alquimistas, é o graal em que se faz a mistura, por assim dizer, com que os quatro elementos são formados. O éter é a base originária de cada elemento e o ponto de retorno para cada um quando seu período de atividade terminou e outro elemento se manifesta em seu lugar. Os quatro elementos são controlados através do éter. O chacra da garganta é uma ponte vital entre o princípio do pensamento no chacra frontal e esses quatro elementos. O som é o mais potente das vibrações inferiores e afeta todas as demais.
Vibração na cor azul. Glândulas tireoide e paratireoide.
Em desequilíbrio ocasiona dificuldade na comunicação, sentimentos reprimidos e não colocar em prática os projetos desejados. No corpo se materializa em asmas, vertigens, alergias, laringite, dores de garganta.
Plantas relacionadas ao quinto chacra
Centelha-asiática - trabalha a ansiedade.
Funcho - traz desapego do passado abrindo caminhos para exteriorizar dons e talentos.
Alfazema - Traz auto-conhecimento sobre os limites pessoais, desenvolvendo equilíbrio e empreendedorismo.
Sálvia - traz nitidez aos sonhos e planos, potencializa a criatividade.
Tomilho - desenvolve a capacidade de organizar as ideais.
Cascara-sagrada - auxilia a colocar o coração como mestre e estar presente no aqui agora.


Sexto Chacra ou 3° Olho (PENSAMENTO)


Localiza-se no centro entre as sobrancelhas. Rege a parte inferior do cérebro e o sistema nervoso central. Em harmonia traz a capacidade da visão com bom senso, o raciocínio lógico e serenidade. Em desequilíbrio traz problemas no sistema nervoso e endócrino.
Vibração na cor índigo ou violeta. Glândula e pituitária.
Plantas relacionadas ao sexto chacra
Sete-sangrias - trabalha a ansiedade e o saber esperar.
Ginkgo-biloba - auxilia na clareza dos pensamento e a reformular os padrões mentais.
Fáfia - desenvolve o silêncio interior e a capacidade de meditação.
Coentro - Eleva os pensamentos e auxilia na busca do equilíbrio espiritual.
Tansagem - auxilia na aceitação de erros e imperfeições, trabalha o excesso de perfeccionismo.
Cravo-da-índia - potencializa a capacidade de realizar sonhos e abrir os caminhos.


Sétimo Chacra ou Coronário (ESPÍRITO)


Situa-se no topo da cabeça. É a sede da mais alta frequência de vibração em nós. É a vibração representada pela auréola circundando a cabeça de pessoas altamente espiritualizadas. Regula a glândula pineal e em harmonia traz pureza, integridade, sabedoria, ação e transmutação. Em desequilíbrio gera a dissociação da personalidade.
Vibração na cor violeta. Glândula pineal.
Plantas relacionadas ao sétimo chacra.
Tília - auxilia na concentração para meditação e oração.
Cordão-de-frade - desenvolve a capacidade de aflorar e liberar os dons e talentos.
Losna - Presença e devoção.
Louro - Desenvolve a fé e o poder de dissolver doenças.
Calêndula - eleva a frequência dos pensamentos e auxilia a encontrar sua missão pessoal.





segunda-feira, 16 de abril de 2018

Sálvia



Salvia officinalis

Conhecida desde a antiguidade, esta erva de origem europeia era tida pelos romanos como uma das plantas medicinais mais versáteis e eficazes, era considerada verdadeira panaceia e era chamada de Salvia salvatrix, por seus efeitos na preservação da saúde e o vigor da juventude.

Hoje em dia, a sálvia é bastante usada em incensos, defumações e cerimônias ritualísticas, suas defumações concentram todos esses “poderes” presentes nessa família de plantas, com o único objetivo de trazer energia, vontade e bem-estar. A sálvia branca geralmente é usada para defumações no Brasil para limpeza energética dos ambientes.




As sálvias estão presentes na humanidade há muito tempo. A sálvia branca, por exemplo, famosa por suas propriedades de renovação de energias estagnadas e de baixa vibração, já era usada por tribos norte-americanas em rituais, sendo considerada sagrada por muitas etnias. Algumas outras espécies, também nos Estados Unidos, entre elas a Salvia divinorum, produzem chás e infusões alucinógenas, também usados em rituais, mas que evidentemente ganharam popularidade entre hippies nos anos 1970. Na distante China, a sálvia vermelha, ou “Danshen” é uma poderosa erva medicinal, usada em chás, infusões, mas também em pomadas e unguentos de forma ampla.

O óleo essencial da sálvia é tônico em doses elevadas, mas não deve ser utilizado internamente por longo período, e não deve ser usado por pessoas com epilepsia. De propriedades medicinais, estimula o sistema nervoso e digestivo, alivia dores musculares, diminui o excesso de transpiração e é usado como ati-séptico em infecções na boca e garganta.



A Salvia sclarea - a esclaréia é uma erva altamente aromática, que chega a atingir 1 metro de altura, com folhas verdes com tons arroxeados e flores azuis. Natural do sul da Europa, é cultivada no mundo todo. Seu óleo essencial tem aroma adocicado, levemente almiscarada.. De propriedades anti-depressiva, tem poderes em nossa energia sutil e tem sido utilizada para clarear os sonhos. Seu uso era destacado como planta das mulheres em seu processo criativo, e era particularmente utilizada para facilitar a gravidez.



As sálvias são desaconselháveis utilizar durante a gravidez.

Cur moriatur homo, cui salvia crescit in horto?
Por que morreria o homem que cultiva sálvia em seu jardim?