E quando chovia? Mesmo a mais violenta das chuvas tinha suas gotas amparadas e depositadas suavemente na superfície do solo, por batalhões e batalhões de árvores e suas folhas. O solo ainda coberto por folhas e galhos secos formava uma camada protetora que suavizava ainda mais a queda da gota no chão. No solo, ocupado densamente por uma infinidade de raízes, das mais variadas formas, tipos e profundidades, as águas podiam então caminhar lentamente por entre raízes e poros do solo, e assim alimentar o lençol freático, produzindo olhos e olhos d'água, fazendo nascer rios de águas límpidas e cristalinas. Assim, quanta água cabia e caminhava lentamente pelo solo e ocupava os lençóis e nascentes?
Com o desmatamento e avanço das monoculturas perderam-se a floresta e o colchão verde que acolhia as gotas da chuva, assim, as águas atingem o solo com violência, que sem a enorme diversidade de raízes, perde a sus estrutura e assim não consegue levar a água para as camadas mais profundas, os olhos d'água minguam e as águas correm velozes pela superfície, enchendo rios, erodindo o solo, espalhando barro.
Com o desmatamento e avanço das monoculturas perderam-se a floresta e o colchão verde que acolhia as gotas da chuva, assim, as águas atingem o solo com violência, que sem a enorme diversidade de raízes, perde a sus estrutura e assim não consegue levar a água para as camadas mais profundas, os olhos d'água minguam e as águas correm velozes pela superfície, enchendo rios, erodindo o solo, espalhando barro.
Com o avanço da degradação dos ecossistemas florestais, diminuem-se as possibilidades da água se agregar aos ciclos vitais, os ciclos biogeoquímicos. Já são menores as quantidades de agua presentes nos seres vivos e no solo. Fora dos ecossistemas locais, então a quantidade de água que circula fica maior, pois já não fazem parte dos seres, do mar verde de árvores, e nem fica retida na umidade relativa, no microclima que a floresta faz, já não caminha pelo solo, adentrando em profundidade e as nascentes diminuem sua vazão. Assim, o volume de água que circula entre chuva e evaporação aumenta e ganha velocidade, e em suas grandes quantidades provocam estragos por onde passam, carregando dor e sofrimento.
Por isso é urgente reflorestar!!! Recrias os mares de florestas e florestas de alimentos, mudar o paradigma de produção e de se relacionar com a terra. Criar condições para que a água se envolva em seus ciclos naturais de modo lento, seja penetrando no solo ou pela evapotranspiração das florestas, diminuindo assim sua velocidade. Assim, é preciso acalmar as águas, fazer viver seu ciclos mais naturalmente dentro da fisiologia dos ecossistemas. É preciso acolher as gotas de chuvas, com suas folhas curadoras e raízes fortes.
E com nosso re-encanto pela natureza, possamos nos integrar e construir os caminhos para que as águas possam fluir gentilmente por entre a terra, que ofertemos folhas e folhas, que as raízes sejam fortes e profundas, que os frutos e as flores sejam abundantes. Acalmar as águas também significa serenidade aos seres, é limpar da água todo sentimento carregado do sofrimento, da dor e de ressentimentos. É fazer com que as águas possam fluir amorosamente, animando toda vida presente nos seres e no solo.
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