sábado, 4 de junho de 2016

Nós e as Agroflorestas





Praticar agrofloresta é um processo de cura. É uma poderosa ferramenta na reconexão do ser humano com os ciclos naturais, na proteção do solos, dos rios, da biodiversidade e no próprio cuidado e compaixão com seu semelhante.


Imagem: http://infinitoadentro.blogspot.com.br/


As agroflorestas são formas de produção agrícola praticamente desconhecidas pelas sociedades modernas, no entanto, são praticas milenares de populações tradicionais em várias partes do mundo. São caracterizadas pela diversidade de formas de vida, no tempo e no espaço, de capins, ervas, arbustos a arvores, das mais variadas formas, tamanhos e tempos de vida.
Para nós, é uma grande escola para que possamos conviver com todas as formas de manifestações de vida humana, aceitando e agradecendo a todos os credos, cores, raças, gêneros, expressões sexuais e origens sociais.
Costumo dizer que fazer agrofloresta é estabelecer uma relação de simbiose com o solo, em sua essência com a mãe terra, ou seja, promover condições para um solo saudável, vivo e estruturado, que naturalmente nos dará alimentos mais sadios. Em outras palavras, eu cuido do solo e ele cuida de mim.


Fonte: http://www.discoveryorganics.ca/peru-ecuador-may-2014/
Deste modo, para eu colher alimentos de qualidade, será necessário que se produza massa vegetal para cobrir e alimentar o solo, em toda sua imensa diversidade de vida, traduzida num número sem fim de bactérias, fungos, minhocas, besouros, larvas e tantas outras formas de vida que os habitam. Assim, por meio de podas e capinas seletivas, fornecemos alimento para o solo, porém a poda não tem apenas a função de produzir matéria vegetal para cobertura do solo, mas também de trazer renovação e vigor no crescimento das plantas, permite-se que a luz traga nova dinâmica no desenvolvimento agroflorestal, produzindo novo ciclo de crescimento. De modo semelhante, quando falamos que a poda traz renovação à agrofloresta, ela também é essencial para nosso desenvolvimento e amadurecimento enquanto seres humanos, assim podamos preconceitos e desamores, ampliamos nossa capacidade de amar. Podar é desapegar de hábitos e comportamentos viciados, traz luz e abre espaço para o novo se manifestar, e muitas vezes, é preciso coragem (core agire), agir com o coração!!

É sempre um exercício de observação, aprendizado, experimentação, de cuidar, venerar, louvar e agradecer. Agroflorestar é entender a dinâmica cíclica da natureza, da vida, reciclar os nutrientes, reciclar o solo, alimentar o ciclo da água, renascer olhos d'água e purificar os rios. Simplesmente permitir que a espiral do tempo nos leve, e leve nos eleve. É entrar no fluxo da vida, é fazer da abundância uma rotina.

domingo, 8 de maio de 2016

Plantas na harmonização de nossa morada


Todos conhecemos os poderes das plantas em trazer leveza e alegria para nossos dias. São verdadeiros canais de comunicação com o astral e o cosmos, carregadas de ancestralidade e energia transformadora. Funcionam como portais na conexão com o mais profundo eu e com o todo, cada uma com seus dons e particularidades, acessando canais específicos de cura, purificação e proteção. Podemos cultivá-las em nosso lar, recebendo suas graças e maravilhas, integrando a energia da natureza em nosso cotidiano.


ALECRIM (Rosmarinos officinalis)
Seus valores medicinais são conhecidos e utilizados desde a antiguidade, incluindo seus mestres Hipócrates e Avicena. Considerada planta com poder revigorante sobre nossa anima, nos fortalecendo contra doenças e outros males. O alecrim é planta dedicada a Oxalá, usada em banhos de amaci. Em casa podemos utiliza-lo em defumadores para limpeza energética, incluindo o afastamento de larvas astrais. O alecrim pode ser facilmente cultivado em canteiros ou em vasos, tendo preferencia por locais ensolarados, sendo bastante utilizado pelos amantes da artes de cozinhar. O óleo essencial de alecrim é ótimo para afastar a fadiga emocional, a depressão e apatia, é utilizado também para melhora nas vias respiratórias e dores no corpo, reumatismo ou muscular.

Foto: https://povodearuanda.wordpress.com/2007/04/19/ervas-de-oxala/




ARRUDA (Ruta graveolens)
Na origem de seu uso pelos negros africanos, é frequentemente empregada contra mau olhado, de onde vem seu tradicional uso do raminho atrás da orelha. Planta de Oxóssi, de Preto Velho e também Iansã. Cultivadas em casa, protegem contra inveja e más energias, tem a capacidade de sentir e absorver estes maus fluídos, sendo comum murcharem, e até mesmo secarem pela presença de pessoas sem boas intenções. Assim, é também muito utilizado em benzeduras para desmanchar quebrantos.

Foto: http://www.casadopaibenedito.com.br/preto-velho




CAMBARA-VERMELHO (Lantana camara)
Planta conhecida e utilizadas também pelos indígenas, com o nome de caiparã. Nos orixás é planta de Xangô e utilizada em banhos de amaci, do elemento fogo. Nos dá força para a luta do dia-a-dia.




COMIGO-NINGUÉM-PODE (Dieffencbachia sp.)
 É planta de grande proteção à casa contra todo tipo de malefícios, afasta e quebra as energias negativas do ambiente. Utilizada também no preparo de banhos para descarrego. Se deve ter cuidado ao cultivar esta planta em casa, sobretudo com crianças e animais, é bastante tóxica e seu simples contato com os olhos causa irritação.





ESPADA DE SÃO JORGE (Sansevieria trifasciata)
Conhecida por espantar maus espíritos, com o poder de cortar energias negativas, inveja, mau olhado e feitiçarias. Erva de Ogum, sincretizada na forma de São Jorge em algumas regiões do Brasil, atrai coragem e prosperidade, muito utilizado para proteger a entrada da casa.
Foto: http://reidospontos.blogspot.com.br/p/pontos-de-ogum.html





FOLHA DA FORTUNA (Kalanchoe brasiliensis)
Como diz seu nome, ter esta planta em casa traz sorte para nossa morada. Planta de Oxalá, tem propriedades para acalmar e dar firmeza, na origem africana, para estimular um corpo vigoroso. Na medicina popular é utilizada como refrescante e cicatrizante. Erva que carrega a energia das águas.



FUMO (Nicotiana tabacum)
Utilizada por pajés em muitas etnias indígenas brasileiras em trabalhos espirituais, acredita-se que ao soltar a fumaça possa carregar e levar junto as más energias. Na diversidade de crenças e religiões, é planta de Preto Velho e de Caipora. Pode ser utilizado como compressa na região do Terceiro Chakra, trazendo equilíbrio emocional e limpeza de más energias.

Foto: http://sabordetabaco.blogspot.com.br/2015/04/lendas-e-mitos-caipora.html


GUINÉ (Petiveria alliaceae)
Nas religiões de origem africana, é uma planta de grande poder, sendo sua raiz utilizada para fazer amuletos e até mesmo exorcismos. Planta de proteção e força, atrai alegria e felicidades, proporcionando bem estar ao ambiente.





LAVANDA (Lavandula spp.)
Pequeno arbusto com poderes de tranquilizar e serenar ambientes. Traz a energia da luz violeta para harmonização de estados emocionais alterados. Promove a conexão com o astral, auxiliando na remoção de bloqueios no processo de crescimento espiritual. Desperta a consciência, integrando e equilibrando a espiritualidade no cotidiano. Óleo essencial de grande importância, com propriedade de "lavar" maus fluídos do corpo e da mente.






MANJERICÃO(ÕES) (Ocimum spp.)
Utilizado desde a antiguidade tanto na medicina popular como em proteção espiritual, sendo encontrados relatos de seu uso em arranjos no formato de cruz para proteção contra feitiçarias. É planta de Xangô utilizada em banhos de amaci e em defumações, afastando energias maléficas. Amplamente utilizado na culinária.

Foto: http://xangojusticeiro.blogspot.com.br/


MIRRA (Tetradenia riparia)
Com poder de purificação e revitalizante. Auxilia para que se possa expressar seus dons e talentos e perceber os aspectos sagrados e divinos da vida cotidiana.






URUCUM (Bixa orellana)
Planta há muito tempo utilizada por indígenas brasileiros, sendo incorporada aos rituais das religiões afro-brasilerias. Urucum é do componente fogo. Além de ser utilizado como corantes em alimentos, é também utilziado para colorir artefatos e o corpo. Entre os indígenas tem o poder de trazer energia e alegria, tanto para cerimônias de guerra como em danças e movimentos ritmados.

Foto: http://www.viramundoemundovirado.com.br/na-arena-com-os-yawanawa/






quarta-feira, 20 de abril de 2016

O TAO do quintal







O TAO é o início e o fim; vida e morte; e está presente em todos os cantos e encantos da natureza; noite e dia, frio e calor, chuva e sol, luz e escuridão, tempo e espaço. Yin e Yang simbolizam o TAO e são as forças da vida que criam todos os seres. Essa força vital funciona como uma unidade no corpo, trazendo equilíbrio e harmonia para consigo mesmo, com seu ambiente e mesmo com todo o universo.  A mente, o corpo e o espírito são inseparáveis enquanto entidade viva na terra. A harmonia na integração destes mundos, interno e externo, é o fator essencial da saúde e do bem-estar de tudo aquilo que tem vida.

A energia Yin eleva-se da terra e cria a energia Yang. A energia Yang desce do céu e penetra na terra, recriando, por sua vez, a energia Yin. As energias Yin e Yang circulam nas partes interna e externa do corpo, sem cessar, e no estudo do estado da energia Yin e Yang dos doze meridianos do corpo humano somos capazes de encontrar a origem da enfermidade, percebendo se existe excesso ou deficiência de energia, restabelecendo o fluxo energético e assim o equilíbrio Yin e Yang.

A crise humanitária pela qual estamos passando tem trazido muitos desequilíbrios para as pessoas. Doenças como diabetes, problemas de pressão e circulação são cada vez mais frequentes e decorrentes da má alimentação, também decorrente do alto grau de industrialização, com adição de inúmeras substâncias químicas e artificiais. Mas não só as doenças do corpo físico nos acometem, as doenças emocionais também, e ao meu ver, são ainda mais danosas, pois são a porta de entrada das doenças do corpo. Ansiedade, insônia, stress, irritação, compulsividade por compras, comida ou sexo são doenças da sociedade do fast-food, tudo é fast, muito pouco é food!! Talvez estes fatos sejam o mais claro sinal de nossa desconexão com a natureza, com a terra, as plantas.

Não vivemos mais o tempo da natureza, do todo, do universo, do macro e do microcosmo. Vivemos o tempo da sociedade, do consumo, da acumulação, do patrão, da prestação, do sal, do açúcar, dos gostos artificiais para que possamos engolir os sapos que nos são servidos diariamente. De relações de competição ao invés de relações de cooperação, como nos ensina a sabia natureza. As pessoas com suas doenças tornam-se tóxicas às outras. Muitas pessoas estão empenhadas em fugir de si mesmo que não tem a menos consciência do que significa a autopercepção. O fato de tanta gente hoje passar sua vida sem chegar a se conhecer não é surpreendente. Muitas pessoas sentem-se literalmente apavoradas de ficarem sozinhas.

No mundo oriental, há quase 3.000 anos, os japoneses transformaram os jardins em caminho espiritual. Como microcosmo da natureza, eles ajudariam a contemplar os conceitos da filosofia budista, ali não podiam faltar as lanternas de pedra; a bacia e a cascata; o bambu (flexibilidade); o caminho e a ponte; as pedras e os peixes.

O quintal é como uma volta ao lar, nosso lar, a natureza. Ao observar as sutilezas gentis das relações entre as plantas, entre elas e elas, e entre elas e nós, nos inteiramos. Somos TAO. Somos um. Somos água. Somos madeira, Somos sol. Somos solo. Somos o brilho e o metal. E quando trabalhamos para que a vida aconteça no jardim, a vida acontece em nós. Dançamos a dança do universo, e na espiral do tempo, voamos. A cura pela felicidade! É a transformação do Homo sapiens em Homo amabilis!!



"Cria em ti o vazio até o grau mais elevado!
Preserva a tua serenidade até o estado mais completo!
Depois, tudo pode elevar-se simultaneamente.
Eu vejo como as coisas evoluem.
Todas as coisas, por mais diversa que sejam,
retornam a sua raiz.
Retornar a raiz significa serenidade.
Serenidade significa voltar ao destino.
Voltar ao destino significa a eternidade.
Conhecimento da eternidade significa clareza.
Quem não conhece a eternidade
acaba em confusão e pecado.
Mas quem conhece a eternidade
torna-se tolerante.
A tolerância leva à justiça.
A justiça leva ao domínio.
O domínio leva ao céu.
O céu leva ao TAO
e este à continuidade.
Durante toda vida não se corre mais perigo". -  Lao Tzu

domingo, 10 de abril de 2016

Liberte-se do cortisol (o hormônio do stress), plante, cuide do jardim, abrace árvores


Uma árvore pode ser minha amiga e terapeuta?



Uma floresta, um cerrado ou qualquer comunidade de plantas de espécies diversificadas são capazes de estabelecer uma fina comunicação entre si, e não somente entre si, mas também com toda sorte de organismo que possa co-habitar um mesmo ambiente, entre eles, insetos, bactérias, fungos e animais. Esta comunicação, realizada pela liberação de moléculas bioquímicas, permite a interação entre todos os seres de um determinado local. É o que faz com que plantas sejam companheiras de umas e causem um efeito inibitório no crescimento de outras, por meio de liberação de molécula que podem promover ou inibir o crescimento de outras plantas, é o que chamamos de alelopatia, e que nos ajuda muito quando vamos planejar nossa horta ou jardim, ou seja, quais plantas são boas vizinhas e quais não são. Estas moléculas bioquímicas também afetam, atraindo ou repelindo, determinadas espécies de insetos ou outros seres, quer seja para repelir uma que está se alimentando de suas folhas, ou para atrair outras que lhe auxiliem a polinização e dispersão de suas sementes. É uma sinalização fina que constrói a harmonia entre todos os moradores de um ecossistema. Permite um equilíbrio dinâmico que traz a fortaleza e resiliência na continuidade da vida.

Assim como as plantas estabelecem uma comunicação com os outros viventes que compartilham seu tempo e espaço, elas podem influenciar a vibração de nosso campo de energia, nossa aura. Bem, quem nunca sentiu aquela sensação de leveza após uma trilha no mato? mesmo com o cansaço físico?somente mesmo aqueles que se dão ao medo ou outras fobias é que tem dificuldades em perceber esta sutileza da natureza, onde realmente se expressa a magia da vida. Embora isto seja mesmo óbvio e natural para muitos, a separação do humano da natureza, afastou muitas pessoas de receber esta dádiva que nos é presenteada. No contato com as plantas já é bastante reconhecido seu poder na harmonização do ser, aumento da imunidade e redução do stress, sendo que até mesmo a ciência moderna já comprovou a redução dos níveis de cortisol, o hormônio do stresss, após o contato com plantas, e divulgado em um dos mais renomados jornais de circulação pública do mundo ocidental, o New York Times, em matéria de O´Connor, de 2010.

A manutenção de um elevado estado vibratório de nossa energia vital é uma das melhores estratégias para uma pessoa saudável, sendo também a debilidade de nossa energia a porta de entrada de doenças e outros males. A energia das plantas é utilizada desde sempre pelos povo ancestrais, quer em seus efeitos como ervas medicinais, como o milenar Herbanário Chinês, no axé das plantas e orixás que nos encanta a umbanda, nos Florais das mais diversas escolas e na energia dos óleos essenciais, terapia que tem apresentado grande prosperidade nos dias de hoje.

A Aura das árvores, os campos de energia das árvores podem ser concebidos como pulsantes e fluídos, dinâmicos. Nos principais pontos de tensão surgem vórtex de energia, que correspondem aos nossos chakras, são os centros de consciência das árvores. A região que está entre a parte aérea e a raíz, o que chamamos de colo da planta fica localizado o principal chakra, o principal vórtex de energia da planta.

                                           Foto:https://reikiomshanti.wordpress.com/horoscopo-celta-o-horoscopo-das-arvores/


Na natureza, não conseguimos ver as raízes que estão sob a terra. Elas realizam conexões complexas de comunicação, e por isso, sentir a terra com os pés descalços ou mesmo com as mãos nuas tem grande efeito na captação e renovação de nossa energia vital, nos auxiliando, plantas e solo, a limpar energias que não nos fazem bem.




Para saber mais:

Himmel, M. AS ÁRVORES CURAM. O poder terapêutico das árvores. Ed. Madras.

Gimenes, B.J. FITOENERGÉTICA. A energia das plantas no equilíbrio da alma. Ed. Borboletras.

domingo, 3 de abril de 2016

Especiarias que curam

Tão importante quanto os próprios alimentos, as especiárias trazem o toque mágico do cozinheiro, a alquimia da arte de cozinhar. Desde a antiguidade, navegadores cruzam mares atrás das mais diversas e exóticas ervas e plantas, que muito além de um simples condimento, são verdadeiros remédios, não somente na cura do corpo, mas também nas dores e mazelas da alma.


Açafrão (Crocus sativus) - o açafrão verdadeiro, é obtido da parte feminina das flores, o pistilo. Possui ação sedativa, sendo utilizado como calmante, atenuador de cólicas menstruais. Também são encontrados registros para males estomacais, com diminuição da flatulência.

Flores de açafrão (Foto: http://botanyboy.org/crocus-sativus-the-saffron-crocus/)

 Extração do pistilo, parte feminina da flor (Foto: http://www.fragrantica.com/news/The-Crocus-Hued-Stigma-of-Saffron-5049.html)




Cúrcuma (Curcuma longa) - conhecido também como açafrão da terra, frequentemente confundido com o açafrão verdadeiro, que é extraído de uma parte da flor. A cúrcuma ou açafrão da terra é produzido a partir do rizoma, o qual é seco e moído.


Artemísia (Artemísia vulgaris) - Na antiguidade, a artemísia tinha a reputação de servir especificamente para os ciclos femininos. São relatados uso como emenagogo, regulador do ciclo menstrual, antiespasmódico, colagogo, tônico e vermifugo. Utilizada popularmente também para enxaquecas e desequilíbrios emocionais, como histeria.


Cravo (Sysgium) - Seu uso popular é bastante difundido a milhares de anos. É produzido a partir dos botões florais, que são colhidos ainda verdes. Tem poder antisséptico e repelente de insetos. São registrados usos populares para dor de dente e problemas com mal hálito.


Louro (Laurus nobilis) - As folhas desta Laurácea arbórea são amplamente utilizadas na culinária desde tempos remotos, especialmente no preparo de leguminosas e feijões, por ajudarem no processo digestivo. Popularmente é utilizada em problemas com o aparelho urinário e problemas nas articulações, incluindo reumatismo.


Canela (Cinnamonum zeylanicum) - Nativa do Ceilão,a casca desta árvore, da família das Lauráceas, é bastante aromática, e seu uso amplamente difundido. Os usos populares incluem anemias, males do sistema digestivo, febre, menstruação, gripes e resfriados.


Alecrim (Rosmarinus officinalis) - Pequenos arbustos com até 1 m de altura, bastante aromático. Com grande poder de elevar nossa anima, muito utilizado como purificador de ambientes. Apresentam registros para um grande número de usos terapêuticos, entre eles: bronquite, melhora a circulação, coqueluche, sistema digestório, cefaleias, expectorante, tônico cerebral, males do sistema respiratório em geral.


Gengibre (Zingiber officinalis) - O uso do rizoma desta planta data da antiguidade. Poderoso anti-inflamatório, pode ser consumido in natura, embora tenha sabor extremamente forte, pode ser preparado com conservas, adicionados a sucos, e alimentos preparados. Existe também na forma de pó. Ótimo para tratar frio interno.


Noz moscada (Myristia fragrans) - É obtida a partir do fruto seco, o qual normalmente é ralado no momento do uso. Utilizada para problemas de digestão e flatulência.


Cominho (Cuminum cyminum) - Erva cuja sementes aromáticas são amplamente utilizadas como condimento, são reportados benéficos ao aparelho urinário e poder emanogogo.


Mostarda (Brassica alba) - De suas sementes moídas é preparada a mostarda amplamente difundida e consumida nos dias atuais. No entanto, suas folhas também são comestíveis e de bom paladar.
Auxilia em processos de digestão. São relatados também usos em problemas com articulações e nevralgias, como dores do ciático.



Urucum (Bixa oleracea) - Suas sementes são utilizadas milenarmente por etnias indígenas brasileiras para pinturas corporais. Nas sociedades não indígenas é amplamente utilizado na forma de colorau, no preparo de grãos e sopas, entre outros. Apresenta uso tradicional como afrodisíaco, digestivo, picada de insetos e protetor solar.




segunda-feira, 28 de março de 2016

Jardinagem Terapêutica


Nos dias de hoje, sobretudo nos grandes centros urbanos há um enorme distanciamento entre as pessoas e a natureza, nos distanciamos, das plantas, do solo, da água, do sol, da diversidade de vida que existe ao nosso redor. Este distanciamento é um processo que vem de há muito tempo atrás, iniciado com a ruptura campo-cidade, rural-urbano, estruturada no "bacana" era o urbano, o rural "atrasado".
Assim, nos oferecem uma vida cheia de possibilidades, a maioria para se consumir, incluindo entretenimento. Mas para isso, é preciso se submeter a uma rotina intensa, ou como diria Galeano, se entregar para o deus mercado, é hora pra acordar, pra fazer xixi, pra comer, encaixar aquela visita para seu amor, atividade física, enfim, tudo com hora marcada. Deste modo, a vida na cidade nos agita por dentro, pressa, cobranças, ter que dar conta de uma infinidades de coisas, etc. e tal, e desta forma geram ansiedade, trazem dificuldades com sono, irritação, sem contar que come-se mal e ainda em muita em quantidade. E pra finalizar, e tapar o vazio existencial, vai-se as compras.
Das plantas, as vezes se recebe um vaso de flor, que algumas vezes vira um ser solitário habitando a mesa da sala, praticamente não existe mais o chazinho da vovó, o temperinho do quintal, aliás, praticamente se extinguiram os quintais,
Mas mesmo este pequenos vasos solitários são capazes de despertar o desejo de mergulhar na terra, e assim, algumas pessoas embarcam nessa, no começo plantam e cultivam temperos, algumas hortaliças, e algumas vezes fazem até pequenas florestas em vasos.
A jardinagem terapêutica é a busca desta reconexão, para nos reencontrarmos e nos reencantarmos com a natureza, com a terra, com barro, com as plantinhas, enfim, com os ciclos da vida e os ciclos da natureza, da observação, da interação, do sentir, da presença, do aqui e agora, do servir e do receber. Mas em primeiro lugar, é preciso dar atenção a si próprio, desacelerar, buscar um estado de contemplação para com o solo, com as plantas, com as flores e frutos, com os minúsculos seres que habitam os vasos e as jardineiras. E a partir de si, com os ciclos da natureza, com o solo, com a água e as chuvas, com o sol, com a luz e a sombra.
Cuidar de si e cuidar do solo é entender que o tempo do jardim é muito diferente do tempo da cidade da vida louca da sociedade atual. É preciso parar, sair da corredeira do rio, deixar o vento bater no rosto e apenas observar. Sentir. Respirar. Perceber os aromas do húmus, das ervas. Se integrar no fluxo da vida e colaborar para que todos os seres sejam felizes. Buscar a interação entre o eu, o solo e a planta, o alimento e o remédio. E quando o cultivo é coletivo, cuida-se das pessoas ao redor, criamos elos de amor e fraternidade, cultivamos nossa humanidade.

O cuidado com o jardim nos renova, trocamos e elevamos nossa energia em unicidade com a mãe terra. Criamos empatia e cuidamos de quem produz nosso alimento, criamos nossa comunidade. Nos reforça os sentidos, o tato, o olfato, o paladar, a visão e a audição, e também nos acalma, nos coloca em contato com a energia sutil das plantas, das medicinas, do axé, nos fortalece e nos alinha, serenando emoções. E já é comprovado cientificamente que abraçar arvores ou cuidar de plantas reduz o nível de cortisol, o hormônio do stress. Então, Abrace. Abrace árvores. Plante. Plante comida. Plante remédios. Alimente os pássaros. Voar é para todos!!



domingo, 27 de março de 2016

Pergunte às plantas, converse com a terra, e ela te ensinará. Jó 12:8